O termo deepfake surgiu, em 2017, para definir um fenômeno que passou a protagonizar situações que transitam entre o humor, o absurdo e a desinformação. Entendemos como deepfakes os vídeos falsos criados por uma inteligência artificial (I.A.) que, grosso modo, substituem elementos de um vídeo original por outros inseridos após um processo de edição. Além da alteração em vídeos, por meio dessa técnica é possível animar rostos em imagens estáticas:
Vale destacar que – apesar do que conhecemos como deepfake decorrer da inteligência artificial (I.A.) e da facilidade de acesso às tecnologias – desde 1865 montagens litográficas colocavam a cabeça do ex-presidente norte-americano, Abraham Lincoln, sobre outros corpos. O recurso também sempre foi recorrente em produtos culturais de massa, sobretudo no cinema
Hoje, o que torna possível os deepfakes é encontrar uma maneira de codificar – por meio de um software – rostos diferentes a partir de referências iguais. São necessários, portanto, dois conjuntos de imagens para treinar os codificadores automáticos: o primeiro conjunto tem amostras da face original que será substituída, já o segundo contém imagens do rosto que será trocado no vídeo final – tais amostras podem conter milhares de fotos dos rostos das pessoas envolvidas. Sendo assim, o programa de computador “aprende” como determinado rosto se mexe e reage à luz, sombras etc.
De acordo com o Portal Techtudo, “o ‘treino’ é feito com o rosto do vídeo original e com o novo rosto, até que o programa seja capaz de encontrar um ponto comum entre as duas faces e ‘costurar’ uma sobre a outra. O procedimento envolve uma espécie de truque, em que o software recebe uma imagem da pessoa A e a processa como se fosse a pessoa B.” Geralmente, as diferentes condições de iluminação dos vídeos, os distintos ângulos de câmera e formatos afastam o produto final de um realismo excelente..
No vídeo abaixo é possível conferir mais detalhes: